O nosso corpo é composto basicamente de água,porém,muitas pessoas se esquecem disso.
Quando passamos a não ingerí-la na quantidade necessária,ficamos desidratados.
Mesmo uma pequena desidratação, pode conduzir a dores de cabeça, letargia ou simplesmente a uma redução generalizada no estado de alerta.
O volume sanguíneo que circula no nosso organismo,reflete a quantidade de água ingerida.
Quando diminui-se a ingestão de fluidos,há uma diminuição do volume sanguíneo,
reduzindo consequentemente,o fluxo disponível para irrigar o coração, cérebro, músculos e todos os principais órgãos.
Quanto menor o fluxo sanguíneo, menor será o fluxo de oxigênio recebido pelos órgãos vitais, diminuindo a capacidade para exercerem as suas funções, ditas normais.
A desidratação torna o sangue “mais espesso”, mais viscoso e mais difícil de circular
no sistema cardiovascular,altera a composição do sangue (hematócrito), podendo assim
aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Verificaram que ingestões hídricas mais elevadas podem reduzir o risco de doença coronária.(Chan et al ,2002).Pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral,
recuperaram melhor os que estavam mais bem hidratados;e são menos propensos a sofrer embolias(tromboembolismo venoso) (Manz & Wentz, 2005).
O Conteúdo mineral da água, especialmente de magnésio e cálcio, também pode ser importante na proteção contra doenças cardiovasculares, particularmente na diminuição da pressão arterial.
Um aumento na secreção da vasopressina, hormônio antidiurético (ADH), reduz
acentuadamente o fluxo de urina e a excreção de sódio em pessoas saudáveis.
O impacto da antinatriurese (processo de redução da excreção do sódio urinário) por níveis crônicos elevados de moderada desidratação, pode ter algum impacto na patofisiologia da hipertensão arterial (Manz 2007).
Em diabéticos, uma diminuição das taxas de fluxo de urina e excreção de
sódio, estão associadas a níveis elevados de pressão arterial durante o dia e a uma redução na diminuição da pressão arterial durante a noite (Bankir e tal. 2002).
A desidratação, também tem um impacto sobre a função mecânica do coração,através dos seus efeitos sobre as células cardíacas.As células podem encolher quando em situações de desidratação, o que pode alterar as distâncias entre as células cardíacas, afetando a
transmissão dos impulsos eléctricos que estimulam o músculo cardíaco para se contrair.
A desidratação também pode afetar os níveis de cálcio intracelular, nutriente necessário na contração muscular(Stookey 1999).
Os estudos,atualmente disponíveis,sugerem um efeito protetor de uma boa hidratação
na etiologia de várias condições como a hipertensão arterial, o tromboembolismo venoso, a função mecânica do coração e a doença coronária.
O resultado de vários, apesar de muitas vezes terem sido efetuados em populações de características muito especificas,sugere que uma adequada ingestão de líquidos pode ter benefícios na saúde cardiovascular a curto e a longo prazo.
Logo,um bom nível de hidratação,é importante para o bom funcionamento do coração.
Hidrate-se,o seu coração agradece!
Até a próxima.
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